02:07 h. jueves, 25 de abril de 2024

Sobre o livro que fala da Montanha Mágica do Carlos Solha

| 25 de octubre de 2010

Há muitos anos, lá pelos 70, li numa revista de divulgação a referência dum livro do cientista britânico Barry Fell “America B.C. Times Books, New York 1976” que descobriu que a América puderam ter chegado naves e pessoas de procedência europeia, norte-africana e do Próximo Oriente em épocas pré-romanas. Procurei o livro e pôde lê-lo.

Há muitos anos, lá pelos 70, li numa revista de divulgação a referência dum livro do cientista britânico Barry Fell “America B.C. Times Books, New York 1976” que descobriu que a América puderam ter chegado naves e pessoas de procedência europeia, norte-africana e do Próximo Oriente em épocas pré-romanas. Procurei o livro e pôde lê-lo. Nele dizia-se que Fenícios ou Cartagineses, Líbios, Egicios e celtas da Península Ibérica (Kalláikoi??) poderiam ter deixado as suas pegadas em contruções, gravações em pedra, santuários e mesmo nas línguas dos nativos. Se isto tivesse sido assim, o conceito da história mudaria radicalmente no que diz respeito, não só em relação em como se ensinam as cousas, mas também em relação ao vínculo transatlântico euro-americano (concretamente celto-americano que nos atinge) e ainda a respeito da visão do homem sobre o seu passado em geral.

  Muitos anos para além, na época na que isto escrevemos, outra investigação científica levada por uma equipa do Supreme Council of Antiquities and the American Research Center in Egypt (ARCE) chefiada pelo egitólogo egício Zahi Hawass tivera a ousadia de estudar o ADN do faraó Tutancâmon que viveu no Egito de há 3.300 anos. Nele descobriram um vínculo genético com os atuais irlandeses e também com os “spanish” -como diz uma notícia num jornal inglês que consultei-. Mas tendo em conta que neste outro jornal digital que também consulto, o The European Union Times, se relaciona no cabeçalho o Rei Tut com o Oeste europeu por possuir o Haplogrupo R1b ou R1b1, não estaremos a acreditar que ele terá vínculos com os valencianos ou os murcianos, sobretudo se é que o R1b tem a sua máxima concentração nas Ilhas Britânicas, na Armórica e na velha Kalláikia.

São estas as notícias que nos jornais espanhóis passam muito desapercebidas porque não é de interesse da gente de Castela, embora sim deveria ser do interesse dos galegos e mesmo dos asturianos e cântabros.

 Por outra parte, conta-se que a “Lia Fial” ou “Pedra do Destino” era a pedra sobre a qual se coroavam os reis irlandeses, escoceses e mais atualmente ingleses. Ela estava unida indefetivelmente ao poder de Deus que lhe dava legitimidade à monarquia que a possuir. O seu protagonismo na história bíblica de Jacobe quem dormiu sobre ela no seu famoso “sonho de Jacobe” é indiscutível e conta a lenda que esteve nas mãos do povo de Israel durante a sua estadia em Egito até a fugida dos hebreus para a terra de promissão. Só foi quando os israelitas estavam a cruzar o Mar Vermelho que o general egípcio Haythekes conseguiu roubá-la e após diversas aventuras acabou na Galiza onde os reis brigantinos legitimavam o seu “Coronno” como o autêntico monarca. Com as invasões dos brigantinos da Ilha de Irlanda a Pedra chegou até lá e era em Tara onde os reis irlandeses recebiam o seu poder no outeiro da Macha. De irlanda passou-se para a Escócia e dali a Inglaterra onde os reis ingleses se coroavam...

  Nada disto interessa a Espanha, mesmo sendo uma história que em parte se desenvolve no “seu” território. Lembremos que Galiza é “españolísima”. E é por isso pelo qual e com toda a provabilidade o livro do nosso amigo Carlos não vai interessar muito em Cuenca ou Valhadolid, mas pensastes o que é o que pode dizer-lhe a um galego inteligente e consciente que ele possa ter parentesco com o Tutancâmon? Ou que a história do nosso País esteja vinculada ao “Lia Fial” onde se coroabam os reis brigantinos? Ou que tenha consciência de que os nossos antepassados galaicos pudessem ter chegado em época pré-romana a Iowa ou a Massachusetts para construírem santuários?

  A tudo isto, só dizer uma última cousa: a vida dá muitas voltas e o que hoje pode passar desapercebido e pode não ter interesse, amanhã é o centro das atenções de todo o mundo da cultura, da arte, da ciência...por isso não seria errado se vos fazeis com o livro do meu amigo Carlos Solha “O Monte do Seixo. O Santuário perdido dos celtas”. Comprai-o e procurai que é o que significa a história do “Pecheche, o boi dos três cornos”, ou informai-vos de quem era “Boucigha”; ou mesmo o que é o que se esconde em “Portalém”, quer dizer, “na porta do Além”. Fazei, e depois falamos. Quiçá possamos descobrir vínculos que vos resultem saborosos e vos façam pensar que lá pelo vosso ADN correm parentescos Reais e lendas perdidas no tempo nas que algum dos vossos antepassados foram protagonistas. Comprai, e se sonhais e se vos põe a pele de galinha é que algo haverá...

Facebook