Na província de Burgos, em Castela, também se fala a língua portuguesa. Agora é aprendida como segundo idioma estrangeiro, mas com a possibilidade de chegar a ser primeira língua e que através da sua implementação progressiva se ministre nos três níveis da Educação Primária.
As razões que motivaram a Conselharia da Educação a resolver a introdução do português no sistema educativo castelhano-leonês têm a ver com compartilharem fronteira —embora não a província de Burgos— e a chegada de imigrantes procedentes de Portugal como conseqüência do desenvolvimento industrial da região.
Isto implica a necessidade de terem que escolarizar as suas filhas e filhos, ou mesmo às nenas e nenos nascidos já em dita Comunidade, mantendo a cultura e língua maternas como pilar essencial da sua identidade.
Raquel Peña é a responsável do programa de língua e cultura portuguesa de Burgos há 15 anos. Começou coincidindo com a chegada das primeiras colónias portuguesas que se estabeleceram em Briviesca e Miranda. É a partir do ano 2002 quando cresce de modo considerável o alunado e além do ensino de língua e cultura se inclui a matéria do Conhecimento do Meio.
Som quatro colégios, em Miranda, ‘Cervantes’ e ‘Las Matillas’, em Briviesca, ‘Juan Abascal’ e o ‘Mencia de Velasco’. João é encarregado de desenvolver este programa no último dos colégios, onde para lá de tratar aspectos de língua, também dá a conhecer ao seu alunado a cultura, costumes e Conhecimento do Meio, através de atividades interculturais e de integração.
João afirma que o português é uma língua pouco conhecida para os espanhóis apesar da vizinhança, o qual não acontece ao invés. O João também destaca que cada vez é maior o alunado de origem espanhol que pede o estudo desta língua, mesmo há alguns centros onde o alunado espanhol que estuda português ultrapassa em número o alunado de origem português. Acha ele que num futuro o português atingirá o mesmo nível que o inglês, de facto já são perto de 3.000 alunas e alunos de Castela e Leão que estudam a língua num total de 38 centros educativos.
Cimeira luso-espanhola
Na cimeira celebrada há um ano entre o governo regional e o luso, em que se reuníram o presidente da castelhano-leonês, Juan Vicente Herrera, e o português, Aníbal Cavaco Silva, decidiu-se a necessidade de estreitar vínculos entre estes dous territórios para «avançar na ensinança do espanhol e do português como um elemento mais de oportunidade para as e os cidadãos». Herrera também falou na possibilidade de alargar a oferta do ensino do português na região pola previsão de crescimento de luso-falantes que, conforme a dados da ONU, atingiriam uns 360 milhõesde pessoas num futuro imediato.
Algo similar acontece na Estremadura espanhola, onde o português faz parte do currículo de perto de 18.000 alunas e alunos, quer pela proximidade geográfica e o conhecimento e compreensão da nossa vizinhança, quer pelo crescimento das relações económicas aos dous lados da fronteira. Além disto, a região estremenha assinou um memorandum que permitirá a todo o alunado estudar português como segunda língua a partir de 2013.
O caso galego
A situação é muito diferente na Galiza, mesmo apesar dos inegáveis laços histórico-políticos, económicos, culturais e lingüísticos, de todo ponto maiores que as regiões mencionadas. Os diferentes governos do País nunca apostaram a sério por potenciar o ensino da língua portuguesa na Galiza, poupando ao povo galego a possibilidade de manejar com fluência a versão internacional da nossa língua, e mesmo, em muitas ocasiões, travando as oportunidades de relacionamento luso-galego.
Ligações relacionadas: Eu falo português [Diario de Burgos]
Fonte: http://www.pglingua.org/noticias/informante/3066-em-burgos-tambem-se-fala-portugues
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